terça-feira, 7 de junho de 2011

Secretaria atrasa reformas de escolas em Natal

As crianças da Escola Municipal Palmira de Souza, no conjunto Santa Catarina, Zona Norte de Natal, aguardam há dois anos pelo conserto do teto da quadra de esportes, que foi parcialmente destruído devido à ação do vento. A quadra foi interditada pelo Corpo de Bombeiros e, desde então, parte dos alunos ficaram sem atividades físicas. A uns 400 metros dali, desta vez no Vale Dourado, a escola Municipal Dalva de Oliveira está com seu laboratório de informática sem poder funcionar e correndo o risco de ter os seus 40 computadores danificados devido à oxidação resultante da falta de uso. O motivo é que o programa federal de onde saíram os recursos para comprar os equipamentos exige que a escola tenha um ambiente adequado, com implantação de rede elétrica e de instalação de aparelhos de ar condicionado.
Pode não parecer, mas as duas escolas foram relacionadas em um conjunto de 30 estabelecimentos que deveriam passar por reformas neste ano. O prazo de 60 diasanunciado pelo secretário municipal de Educação, Walter Fonseca, durante entrevista coletiva à imprensa, encerrou dia 5, e o cenário das escolas relacionadas para reforma não mudou muito. Até agora, a Prefeitura ainda não sabe quantas unidades de ensino passaram por reforma e o secretário já admite que as obras não serão concluídas em menos de 90 dias. "Até porque a ordem de serviço, estabelece um prazo de 180 dias", justificou Walter Fonseca.
Na Palmira de Souza, as obras limitaram-se à parte hidráulica, limpeza do mato na área livre e ao retelhamento de nove salas de aula, permanecendo o madeiramento estragado em algumas delas. Mas o principal problema da escola, a quadra de esportes, sequer foi relacionado pelos técnicos da secretaria, como também a pintura das paredes, que a escola planeja realizar a partir de recursos que serão arrecadados com a festa junina que vai realizar. "Com o dinheiro arrecadado da festa, pretendemos comprar as tintas e os próprios pais, professores e voluntários da comunidade serão a mão-de-obra", adiantou a vice-diretora Nádia Cristina.
Já na Escola Dalva de Oliveira, a reforma limitou-se apenas à colocação do forro de PVC de uma sala de aula e da sala dos professores - que tinham caído recentemente -, além da renovação da instalação hidráulica dos banheiros. A escola ainda aguarda a substituição do portão de entrada e a retirada de um banheiro no ambiente da cozinha, que foi interditado pela Covisa. Com sérios problemas de espaço, a escola não tem quadra de esporte e tem salas de aulas divididas, para poderem dar lugar a laboratórios e à própria sala de professores. Com relação ao problema dos computadores, o coordenador Elson Crézio Lopes disse que há cerca de anos a escola recebeu do Proinfo 40 equipamentos, sendo que 20 chegaram a funcionar, mas a escola teve de paralisar o uso devido a problemas na rede elétrica. Outros 20 computadores novos ainda estão lacrados, porque a Positivo não instala enquanto a Prefeitura Municipal não instalar a bancada, a rede elétrica e os aparelhosde ar-condicionados.
Empossado no cargo há dois meses, o secretário Walter Fonseca disse que a única informação que lhe chegou sobre problemas com o telhado de quadra esportes era referente à Escola Municipal Henrique Castriciano. Ele também disse desconhecer o problema com o laboratório de informática da Escola Dalva de Oliveira, mas confirmou que todas as escolas que receberam computadores pelo Proinfo só poderão tê-los instalados quando estiverem com todo ambiente adequado. "Por isso, esses computadores não foram abertos, para não perder a garantia", disse ele, reforçando que o serviço do laboratório não foi feito por falta de recursos financeiros.

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