Alguns supermercados de Natal estão vendendo verduras com nível de agrotóxicos acima do permitido por lei. A constatação é do Ministério Público Estadual (MPE), que coletou amostras de alguns produtos em redes de supermercados e os encaminhou ao Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA).
De acordo com o MP, foram encontradas amostras insatisfatórias para o agrotóxico clorpirifós no tomate e para os agrotóxicos ditiocarbamatos, metamidofós e metomil presentes no alface. Os laudos que comprovam os níveis de agrotóxicos são os de números 1151.00/2008, 131600/2009 e 11190.00/2009, que foram elaborados pela Subcoordenadoria de Vigilância Sanitária (Suvisa).
A Suvisa também encontrou irregularidades nas amostras de uva (agrotóxicos dimetomorfe e ciproconazol), maçã (azinfós metílico), pepino japonês (carbendazim), laranja (carbaril), tomate (ciproconazol e aldicarbe), beterraba (endossulfam, fempropatrina, lamba cialotrina e procimidona), mamão papaya (procloraz), morango (captana e procloraz), repolho verde (permetrina), pimentão (betacipermetrina e metomil), abacaxi, cenoura (flutriafol) e arroz branco (lamba cianotrina) comercializadas em alguns estabelecimentos.
Após receber os laudos da Suvisa, o promotor de Defesa do Consumidor Sérgio Luiz de Sena instaurou inquéritos civis para investigar os problemas detectados. As portarias que instauram os inquéritos foram publicados na ediçõa desta terça-feira (25) do Diário Oficial do Estado (DOE).
O promotor Sérgio Sena determinou que cada rede de supermercados citada nas portarias seja notificada para prestar informações no prazo de dez dias.
Além disso, o Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária (Idiarn), o Ministério da Agricultura, Pecuária e abastecimento (Mapa), a Empresa de Extensão Rural (Emater) e a Central de Abastecimento do Rio Grande do Norte (Ceasa) também foram notifiacados para, também em dez dias, prestarem informações, especialmente quanto as medidas tomadas para a solução do problema.
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