terça-feira, 12 de abril de 2011

Meta é economizar R$ 60 milhões

Secretário Kalazans Bezerra nega que 

finanças estejam em situação calamitosa. 

Foto: Fábio Cortez/DN/D.A Press.


A prefeitura de Natal pretende fazer um corte de R$ 60 milhões nos gastos do município até 2012. Para isso, deve adotar um pacote de medidas, anunciadas ontem à tarde, que incluem redução de R$ 200 mil por mês em gastos com alugueis de prédios e uma média de R$ 500 mil mensais utilizados para pagar serviços de mão-de-obra terceirizada. Além dos cortes, o município espera um incremento de receitas no valor de R$ 80 milhões, até o final do próximo ano. As decisões foram já publicadas no Diário Oficial do Município, no último sábado, e comunicadas à Imprensa pelos integrantes do Núcleo de Gestão e Finanças, coordenado pelo ouvidor geral do Município, Carlos Von Sohsten.
Durante a entrevista, o secretário-chefe do Gabinete Civil, Kalazans Bezerra, informou que a dívida do município hoje gira em torno de R$ 150 milhões. "Esse débito era de R$ 220 milhões quando a prefeita Micarla de Sousa (PV) assumiu. Hoje, a maioria dessa dívida é com fornecedores, mas já adianto que grande parte desses valores estão pactuadas para serem pagas. Aliás, 20% do Orçamento do município serão destinados para quitar esses débitos. Natal não está em situação calamitosa", declarou.
Segundo o titular da Secretaria de Gestão de Pessoas (Segelm), Vagner Araújo, parte dessa dívida contraída pelo município se deu a partir da implantação dos Planos de Cargos, Carreiras e Vencimentos de alguns servidores. "Para se ter uma ideia, quando a prefeita iniciou a administração, a folha de pagamento do município era de R$ 17 milhões e hoje gira em torno de R$ 32 milhões, líquidos. A folha bruta é de quase R$ 44 milhões. Esses Planos foram conquistas dos servidores, mas têm um custo elevado e influenciaram o equilíbrio financeiro do município", afirmou. Vagner informou ainda que Natal atingiu o limite prudencial, mas continua abaixo do máximo permitido por lei.
De acordo com o secretário, as dificuldades enfrentadas na capital potiguar são as mesas que os outros municípios brasileiros se deparam. "Houve uma redução da receita destinada aos municípios, mas houve uma crescente demanda de responsabilidade. Hoje, a maior parte do bolo tributário fica com a União e a menor fatia com os municípios e estados", declarou. Além de Vagner, Von Sohsten e Kalazans, participaram da entrevista os secretários Sérgio Pinheiro, titular da Serig, André Macedo, da Semut, Rosy de Sousa, que está à frente da Semul e Silvio Eugênio, que responde pela NatalPrev. 

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