segunda-feira, 29 de novembro de 2010

População continua esperando fim das obras no Parque da Cidade

O belo projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer na capital potiguar conhecido por todos como o Parque da Cidade - Dom Nivaldo Monte, pelo jeito, continuará sendo apreciado de longe. As obras de readequação do local só terminam em fevereiro do próximo ano. Com esta informação, os natalenses encerram 2010 sem usufruir da obra que custou mais de R$ 20 milhões aos cofres públicos.

Inaugurado no dia 21 de junho de 2008, pelo ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo (PDT), o Parque passou poucos meses à disposição da população com algumas obras ainda inacabadas. Com a chegada da nova gestão, o local foi logo interditado por diversos fatores, inclusive a falta de uma previsão financeira, por parte da antiga gestão, para manter o funcionamento do local.

Também foram apontados banheiros inacabados para os frequentadores do parque, falta de bebedouros, elevadores com problemas, a construção do módulo de apoio para os funcionários, além da falta de licença ambiental e escritura pública. Até agora, depois de dois anos, as readequações não foram concluídas.

Problemas, impasses, discussões sobre a inauguração do local sem a conclusão total da obra e até uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) pelos vereadores de Natal foram sugeridos nesses dois anos. O resultado final é um parque interditado parcialmente, aberto apenas para caminhadas e trilhas, porém, sem a segurança necessária.

De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, Olegário Passos, não é aconselhável passear pelo Parque porque a guarda municipal está proibida de portar armas. “A Policia Federal exigiu um curso dos guardas municipais para continuarem portando arma. Como não foi finalizado, não podemos nos responsabilizar pela segurança do local”, disse ele.


O secretário informou ainda que foram roubados material de construção da obra no parque. “Tivemos alguns prejuízos e atrasos na obra por causa de roubos. Mas, mesmo com esses problemas vamos manter o prazo anunciado do fim das readequações até fevereiro de 2011. Espero poder liberar o parque até o dia 10 de março, no máximo”, ressaltou.

Olegário Passos explicou que encontrou diversos entraves ao assumir a pasta da Semurb, por isso, as obras tiveram que aguardar mais um pouco para ter início. As intervenções realizadas atualmente no parque estão orçadas em R$ 3,8 milhões e serão pagas com dinheiro do Fundo Municipal do Meio Ambiente (FUNAM).

Foto: Elpídio Júnior
“De acordo com as determinações feitas pelo Tribunal de Contas do Estado, a Prefeitura suspendeu o acesso às construções do Parque da Cidade até o final das obras de readequação do equipamento”, disse.

Ainda de acordo com Olegário, uma equipe do engenheiro Oscar Niemeyer – arquiteto responsável pelo projeto do parque – esteve em Natal para tratar das adequações nos elevadores que dão acesso ao museu, parte mais cara das intervenções. “O plano de readequação do equipamento inclui mais de 600 adaptações. Estamos trabalhando em etapas para dar mais agilidade ao processo”.

De acordo com o secretário, o dinheiro que será investido na realização das obras virá exclusivamente do Fundo Municipal de Meio Ambiente (FUNAM), criado em agosto do ano passado para subsidiar obras e ações da área ambiental. O FUNAM, entretanto, não possui dinheiro suficiente para quitar a obra. Dos 3,8 milhões necessários, o órgão possui apenas 2,5 milhões.

Apesar de não ter dinheiro suficiente no momento, Passos afirmou que a Prefeitura não terá problemas em financiar a obra. Segundo ele, a receita que o Fundo arrecadará com as licenças e multas ambientais serão capazes de cobrir o valor. “O FUNAM arrecada mensalmente algo em torno de R$ 500 mil, portanto, nossas projeções indicam que até o final da obra teremos o dinheiro”, disse.

Com a conclusão, o Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte, localizado entre os bairros de Candelária e Cidade Satélite, deverá ser a primeira Unidade de Conservação Municipal com o objetivo de preservar uma das principais áreas de recarga de água subterrânea da capital potiguar, constituindo uma das mais belas paisagens dunares do Rio Grande do Norte.

No projeto, sua estrutura abrange dois estacionamentos (Leste-Oeste), dois pórticos de entrada, cinco trilhas pavimentadas (6,5 km), quatro unidades de descanso, quatro baterias de banheiros, biblioteca, auditório, centro de educação ambiental, um monumento com doze andares, constituindo memorial da cidade e mirantes, mas até que tudo isso seja concluído, o natalense deverá esperar a próxima reeinauguração do local.
 
Por Andréia Freitas
 

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