quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Vento, ventania...

Que os ventos no Rio Grande do Norte, nos meses de julho, agosto e setembro são fortes, isso todo mundo já sabe. Porém o ano de 2011 parece ter instalado ventiladores turbinados nos céus potiguares. Segundo o meteorologista Gilmar Bristot, da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), a velocidade máxima anual de 50km/h nesse período do ano deve atingir, em 2011, a marca de 70km/h. "Isso acontece anualmente porque ocorre um aumento de pressão no Atlântico Sul e isso favorece o deslocamento de ar para o Nordeste brasileiro, bem como porque estamos no período do inverno no hemisfério sul", afirma o meteorologista.


Na Praia do Forte, dunas invadiram a pista com a ação dos ventos e são um risco para motoristas que transitam no local Foto:Ana Amaral/DN/D.A Press
O vento está tão forte que as dunas móveis nas praias do Meio e do Forte estão tomando conta do calçadão e da rodovia que dá acesso à ponte Newton Navarro. Com isso, os pedestres se vêem incomodados para se deslocarem e os veículos correm riscos de acidente se escorregarem nas areias. Na tarde de ontem, a equipe de reportagem do Diário de Natal esteve no local e encontrou tratores e um caminhão do Exército, que executavam manobras de retirada da areia. Barracas e guarda-sóis estavam fechados no horário, sem muitos visitantes.

Segundo o flanelinha Francisco Marcelo, 32, que passa o dia inteiro no local há mais de 10 anos, os ventos em 2011 aumentaram consideravelmente nesse período do ano. "Nunca tinha ficado tão brabo assim. E parece que depois do almoço a coisa piora", conta o rapaz. O flanelinha fala com razão sobre o aumento da força das rajadas a partir do meio-dia. Segundo Bristot, isso acontece porque a pressão atmosférica no continente é menor durante esse período, gerando a ventania desenfreada, mas garante à população que mesmo que haja um aumento da força dos ventos na região os fenômenos seguem em normalidade.

Conversando com alguns motoristas que trafegam o local, o sinal de alerta para que o trânsito no local seja monitorado é unânime. A areia solta faz com que o carro deslize, podendo gerar acidentes acompanhados até mesmo de capotamentos. Segundo o banhista Jailson Silve, 39, acidentes só acontecem com os motoristas imprudentes, já que são evitáveis. "É arriscado passar por cima dessa areia fina em alta velocidade. Se escorregar, arrisca a própria vida e a de outros motoristas. É bom circular com cautela", alerta.


http://www.diariodenatal.com.br/2011/09/22/cidades4_0.php

Nenhum comentário:

Postar um comentário