terça-feira, 20 de setembro de 2011

Brasileiro é, ao mesmo tempo, conservador e estatizante

Ancestralmente necessitados de conhecer o eleitorado, dirigentes de partidos e candidatos a mandatos eletivos que serão disputados no próximo ano no Rio Grande do Norte precisam analisar os resultados de uma pesquisa sobre o comportamento do brasileiro que foi divulgada em agosto último por um instituto brasileiro que se registra como GPP, a qual acaba de ser analisada pelo economista César Maia, ex-prefeito do Rio de Janeiro, em seu e-mail informativo diário.

Ouvindo dois mil cidadãos e idealizada com o objetivo de identificar a relação existente entre os eleitores e os partidos brasileiros, ela envereda pelos valores que eles consideram, à moda européia e norte-americana, que impõe distinções entre conservadores e liberais, e sobre seus pontos de vista quanto às economias de mercado e planificada, ou estatizante.

Passando por cima da personalização dos vínculos entre eleitores e líderes, o resultado indica, em síntese, que o partido político da preferência do eleitor brasileiro é o que defende valores conservadores, e diz que o cidadão quer um estado intervencionista na economia. Seria uma espécie de partido de direita/esquerda ao mesmo tempo.

Segundo César Maia, os valores conservadores continuam tendo amplo apoio da população. Noventa porcento dos entrevistados são a favor da redução da idade penal para dezesseis anos, 79,7% querem aula de religião nas escolas, 77,2% são contra a legalização do aborto e 81,4% são contra a liberação da maconha. No caso do casamento entre pessoas do mesmo sexo chegaram a 51,2%.

Quanto à economia, o estudo mostrou que o eleitor brasileiro é estatizante. A tese de maior intervenção do Estado na economia recebeu o aval de 51,8% dos entrevistados, enquanto somente 29,8% se disseram contra ela. Quanto ao Brasil voltar a estatizar a Companhia Vale do Rio Doce e as empresas de telecomunicações, 45,2%, disseram-se favoráveis, e contra 39,2% que repeliram a idéia. Sobre se o governo deve intervir o menos possível na sociedade, 40,1% disseram-se a favor, contra a opinião em contrário de 45,9%.
http://www.nominuto.com/blog/roberto-guedes/

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