quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Enildo diz que vai acionar Justiça contra promotores que estão à frente da operação

Margareth Grilo - Repórter

Em coletiva, no final da manhã desta quarta-feira (14), o vereador Enildo Alves (Sem partido) partiu para o ataque, declarando que vai acionar judicialmente o promotor de Defesa do Consumidor, José Augusto Peres, por abuso de autoridade. Enildo classificou a inclusão dele na Operação Hefesto, como "uma revanche" pela rejeição da "Lei dos Postos", na Câmara Municipal.

O Projeto de Lei 411/2009 permitia a instalação de postos de combustíveis nos supermercados e hipermercados de Natal e foi derrubado no último dia 1º de setembro. O vereador foi um dos dez que votaram contra o PL "No mandado não tem acusação nenhuma contra mim. A acusação está a esclarecer. Então, não tenho dúvida de que essa ação é uma perseguição", declarou o vereador, que tem 20 anos de mandato no legislativo municipal.

Durante a coletiva de imprensa, que aconteceu no auditório da Câmara Municipal de Natal, no final da manhã, Enildo Alves foi categórico: "Vou ver exatamente quais promotores assinaram a ação e vou acioná-los na Justiça pela afronta, constrangimento e violência de que fui vítima hoje, sem nenhuma acusação contra mim, querendo me associar a cartéis de combustíveis". 

O vereador disse que todo o Rio Grande do Norte sabe da briga que trava, há nove anos com o Ministério Público, devido uma ação de improbidade que apura supostas irregularidades no Samu Natal, quando Enildo era secretário municipal de Saúde. "Agora, com a rejeição da lei dos postos, sinto que o promotor José Augusto Peres quer macular de certa forma minha imagem, sem ter nenhuma acusação".

Ao falar sobre a Operação Hefesto, o vereador disse que a Polícia Federal cumpriu seu papel, mas que a promotoria "agiu sem fundamentação alguma". "Fiquei surpreso e chocado, quando a equipe do Polícia Federal chegou a minha casa com um mandado. Foi constrangedor", afirmou. O vereador disse estar a inclusão de seu nome no inquérito.

"Não sou dono de posto, nem tenho e nem nunca tive interesse em defender os postos. Minha lei [4986/98] resguarda a segurança da população", afirmou. Em vigor, desde 1998, essa lei delimita a distância mínima de segurança entre os postos e outros estabelecimentos em 300 metros.

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