terça-feira, 22 de junho de 2010

Sobrepeso atinge quase metade dos natalenses

O hábito de substituir as refeições por lanchinhos calóricos unido àquela preguicinha de sair de casa para fazer uma atividade física tem gerado consequências preocupantes à população de Natal. De acordo com uma pesquisa publicada pelo Ministério da Saúde, 45,5% dos natalenses estão com excesso de peso e 13,3% estão obesos. O levantamento mais recente aponta que de 2006 a 2009 a proporção de brasileiros com sobrepeso subiu de 42,7% para 46,6%. O percentual de obesos cresceu de 11,4% para 13,9% no mesmo período. Os dados foram apurados pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), que entrevistou 54 mil adultos.

Preferência por lanches rápidos é apontada entre fatores determinantes
O endocrinologista André Gustavo Sousa atribui esses altos índices a três fatores principais, a alimentação inadequada, o sedentarismo e o envelhecimento da população. "Hoje em dia as pessoas se alimentam muito emfast food, que servem comidas altamente calóricas. Associado a isso, o sedentarismo. São muitas as razões apontadas, como falta de tempo, mas é importante encontrar um espaço na agenda para atividade física. O terceiro fator é o menos considerável, diante dos outros, que é o envelhecimento da população", afirmou.

A Vigitel 2009 aponta que 51% dos homens e 42,3% das mulheres têm excesso de peso. O estudo mostra que entre os homens, a situação é mais comum a partir dos 35 anos, mas chega a 59,6% de 55-64. Na população feminina, o índice mais que dobra na faixa etária dos 45 aos 54 anos (52,9%) em relação a 18-24 anos (24,9%). Já a prevalência da obesidade entre homens quase triplica do grupo etário de 18 a 24 anos (7,7%) para 55 a 64 anos (19,9%). Quando se levam em consideração só as mulheres, o índice aumenta mais de três vezes na comparação das duas faixas etárias: de 6,2% para 21,3%.


Doenças

Para reduzir o número de obesos, e também reduzir as doenças que acompanham a obesidade, como hipertensão e diabetes, a orientação do endocrinologista André Sousa é tentar reverter os fatores que estão desencadeando o problema. "O grau de gravidade da obesidade varia e é preciso analisar se existem outras doenças, tratar caso a caso. Mas, de forma geral, a orientação é procurar uma alimentação mais saudável e fazer atividade física. Isoladamente, esses dois fatores já já têm uma grande eficácia", orientou.

Quadro nas capitais:
Aracaju - 47,4%
Belém - 44,2%
Belo Horizonte - 39,9%
Boa Vista - 49,1%
Brasília - 36,2%
Campo Grande - 50,8%
Cuiabá - 46,7%
Curitiba - 45,5%
Florianópolis - 45,0%
Fortaleza - 47,0%
Goiânia - 45,8%
João Pessoa - 42,9%
Macapá - 43,5%
Maceió - 41,5%
Manaus - 45,6%
Natal - 45,5%
Palmas - 37,7%
Porto Alegre - 46,1%
Porto Velho - 48,8%
Recife - 45,6%
Rio Branco - 52,2%
Rio de Janeiro - 50,4%
Salvador - 45,3%
São Luís - 40,3%
São Paulo - 50,5%
Teresina - 39,4%
Vitória - 46,3%

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