quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Instituto do Cérebro // Centro é destaque durante a Cientec 2011

Agência Fotec - Dentro da programação de hoje da 17ª Semana de Ciência, Tecnologia e Cultura da UFRN (Cientec 2011), o público pode participar Seminário de Direitos Humanos, que prossegue hoje, a partir das 19h, no auditório da Reitoria. Com a palestra sobre Ciência e Religião, discutem sobre o assunto os professores Orivaldo Pimentel Lopes Junior (Departamento de Ciências Sociais -CCHLA) e Sidarta Tollendal Gomes Ribeiro (Diretor do Instituto do Cérebro da UFRN). A palestra é livre, debatendo pormenores tanto da religião quanto da ciência, tratando de que forma ambas podem trabalhar de maneira conjunta.

Com o objetivo de criar um centro de neurociência de referência internacional, o Instituto do Cérebro visa com o tempo produzir, por meio de pesquisas, trabalhos significantes na área da neurociência. Funcionando desde 2011, um dos objetivos do projeto é ser um grande centro nesse campo produzindo neurociência de qualidade por brasileiros em território brasileiro. "Estamos trabalhando para formar um grande centro de pesquisa em estudos do cérebro", afirma Fábio Viegas Caixeta, aluno de doutorado do centro.

Para Fábio, Natal tem tudo para ser um pólo de referência nesse campo. Há alguns anos a cidade já conta com estudos voltados para a área. "Há mais de 15 anos temos a Pós-Graduação em Psicobiologia em Natal, o que é bem interessante, pois coloca a cidade à frente no que diz respeito à área de comportamento animal e neurofisiologia", diz ele. Dessa forma, o instituto melhorou ainda mais o que já estava sendo feito. "O nível de investimento que está sendo feito tem atraído pesquisadores brasileiros que estavam em outros países, como Alemanha e Estados Unidos, e agora veem boas condições de trabalho em sua terra natal estão voltando para conduzir suas pesquisas no Brasil, contribuindo com a produção científica nacional".

O instituto tem como foco desde a pesquisa mais básica à aplicada. Usando como exemplo de pesquisa básica, Fábio fala de sua pesquisa. "Meu trabalho é com roedores, onde modelamos doenças cerebrais, no caso a psicose relacionada à esquizofrenia, e tentando entender esses modelos, entendemos melhor a doença em humanos, transladando isso para um possível tratamento futuro", explica ele.

Hoje, o instituto tem feito um trabalho com humanos no Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol), onde estão sendo feitas pesquisas voltadas para acidentes vascular-cerebrais (AVC), e também pesquisa sobre o sono, atuando em diversas outras frentes possíveis de pesquisa. "O professor Antônio Pereira tem um grupo de alunos no Huol que está trabalhando com recuperação de AVCs, utilizando técnicas provenientes da pesquisa de base em neurociência. Isso já é uma interface real de uma melhora direta sendo trazida para as pessoas através de pesquisa básica", diz Fábio. A ideia é que as pesquisas possam, dentro de alguns anos, agregar benefícios ao tratamento de outros males do cérebro, como o mal de Parkinson e a esquizofrenia. (Arthur Barbalho) 

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