Desde 2010 que o " teste da orelhinha" tem sua realização obrigada ao poder público por lei federal. A legislação determina que os hospitais e maternidades ligadas ao SUS em todo o país ofereçam o serviço gratuitamente. Mas as maternidades municipais de Natal não estão atendendo à regra. Os bebês que nascem nas unidades de saúde da capital não podem fazer o exame porque todos os aparelhos do município estão quebrados.
O Hospital Leide Morais, por exemplo, está sem fazer o teste há mais de um ano. Para complicar a situação, o Hospital Santa Catarina, o único do estado que faz esse tipo de exame, também não está fazendo por falta de material. A única opção das mães seria a Maternidade Escola Januário Cicco. Porém, assim como o Santa Catarina, apenas os bebês que nascem lá podem fazer o teste no local.
A Triagem Auditiva, por meio do teste da orelhinha, é capaz de detectar deficiências auditivas desde o nascimento, possibilitando o diagnóstico e o tratamento precoces de eventuais problemas. O diagnóstico antecipado é fundamental para a realização de procedimentos que irão minimizar os impactos da deficiência no desenvolvimento da criança.
Em contato com a reportagem do Diário de Natal, as recepções das maternidades municipais Felipe Camarão, Quintas e Leide Morais informaram que não estão fazendo o "teste da orellhinha" porque os aparelhos necessários para o exame estão sem funcionar. A informação foi confirmada pela assessoria da Secretaria Municipal de Saúde, que não declarou ontem quais soluções serão tomadas.
Na porta de entrada do Santa Catarina um aviso anuncia que apenas crianças nascidas naquele hospital poderão fazer o teste. Entretanto, desde a última sexta-feira, por falta de material, o hospital não realiza o teste nas cerca de 30 crianças que nascem diariamente. Para realizar o exame nos bebês está faltando apenas um pequeno filtro, cuja aquisição está vetada por pendências da empresa fornecedora com a Secretaria Estadual de Tributação.
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