sexta-feira, 4 de março de 2011

O futuro da ciência passa pelo RN

"O Brasil quer ser líder da ciência mundial e o Rio Grande do Norte terá uma grande participação nesse projeto. Acreditamos que será possível a construção de um grande parque tecnológico de neurociência no estado que pode ter uma contribuição imensa tanto para o desenvolvimento regional quanto nacional", declarou ontem o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, durante visita à Escola Alfredo Monteverde, no bairro da Cidade da Esperança, em Natal. Acompanhado do cientista internacional, Miguel Nicolelis e dos deputados Fátima Bezerra e Fernando Mineiro, ambos do PT, o ministro disse que o Rio Grande do Norte será um polo de referência internacional, contando com toda estrutura para impulsionar a pesquisa científica no estado e no país.


Mercadante conheceu o trabalho do Instituto de Neurociências e anunciou membros de comissão científica Foto:Fábio Cortez/DN/D.A Press
"Para isso, é importante a presença na cidade do Instituto de Neurociência que já dá os primeiros passos a crianças e jovens no conhecimento científico e estimular a construção do aeroporto de São Gonçalo, devido sua condição estratégica com outros continentes, além de apoiar o pólo de energia eólica", disse o ministro, anunciando em seguida, os 21 membros da Comissão do Futuro da Ciência no Brasil, que irá discutir os rumos da ciência no país para as próximas décadas.

Presidida pelo neurocientista Miguel Nicolelis, a comissão reúne cientistas brasileiros e internacionais de renome nas diversas áreas do conhecimento científico e humano, além de duas jornalistas. Em Natal, o ministro fez visitas a centros de pesquisas e reuniu-se com a governadora Rosalba Ciarlini.

A Comissão do Futuro se reunirá duas vezes ao ano com pesquisadores internacionais e quatro vezes ao ano com brasileiros. A primeira reunião com os cientistas brasileiros ocorrerá em abril. Com os pesquisadores estrangeiros, a primeira reunião será feita por meio de videoconferência e outros recursos tecnológicos. Dentre os 21 membros, sete são pesquisadores estrangeiros, o equivalente a um terço da comissão. Outro terço são de pesquisadores brasileiros que atuam no exteriore o restante de cientistas que estão no país.
O ministro destacou alguns nomes muito conhecidos no cenário científico internacional, como o de Victor Nussenzweig (médico e pesquisador da New York University-Brasil/EUA), o do cientista computacional William Feireisen (EUA). Entre os nomes brasileiros estão Mauro Copelli, conhecido físico da UFPE e Débora Calheiros, pesquisadora da Embrapa. As jornalistas são Conceição Lemes e Mariluce Moura, da Fundação de Apoio à Pesquisa (Fapesp) de São Paulo. O Rio Grande do Norte está representado na comissão através da professora Selma Jerônimo, que tem atuação na área de saúde.
Segundo o ministro Mercadante, essa comissão internacional ajudará muito a ciência no Brasil, a exemplo do que acontece na Europa e nos Estados Unidos, buscando interdisplinaridade com as várias áreas do conhecimento para assegurar a pluralidade. Alguns são novos talentos da ciência, outros são cientistas renomados, nacionais e internacionais. "A comissão será o instrumento para recolher as diversas contribuições da sociedade", disse o ministro revelando que os ex-ministros da Ciência e Tecnologia serão convidados ao diálogo com a comissão, além de entidades científicas do Brasil, a SBPC, além de instituições ligadas à física, matemática e biologia que serão convidadas a participar de seminários com o objetivo de formular um projeto para o futuro da ciência do Brasil. 
Por Francisco Francerle e Erta Souza

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